

Palacete Tira-Chapéu
A edificação da Associação dos Empregados do Comércio da Bahia (AECB) é um marco dentre os edifícios ecléticos construídos no século XX e ainda existentes em Salvador. Tendo em vista o processo que preteriu a arquitetura eclética por muitos intelectuais do modernismo, uma vez que viam neste um estilo importado e não uma arquitetura verdadeiramente nacional, muitos edifícios representantes desse movimento foram perdidos.
O projeto deste palacete foi concebido pelo arquiteto italiano Rossi Baptista, responsável por outras obras deste mesmo padrão na capital baiana. Os processos de partido e composições foram marcantes desse momento e financiadas, principalmente, pela elite baiana que atravessavam um período de ascensão econômica com a produção de fumo no Recôncavo, de cacau no sul da Bahia e com a indústria têxtil nas proximidades de Salvador, entre os séc. XIX para o XX.

Restauro
A restauração de um patrimônio material é um processo delicado, que se diferencia de uma obra comum. As peças de uma edificação tombada são únicas e históricas, o que demanda ainda mais zelo e atenção aos detalhes durante as intervenções.
A restauração de um patrimônio artístico e cultural como o Palacete Tira-Chapéu não significa apenas a recuperação da edificação em si, mas também
a reconstituição da relevância dela para a sociedade.

Detalhes
A arte sempre traz reflexos do seu tempo. Na arquitetura não é diferente e o Palacete Tira-Chapéu é uma prova material disso. O projeto suntuoso do arquiteto italiano Rossi Baptista faz jus à próspera Salvador do início do século XX e traz importantes traços do estilo eclético.
O prédio foi construído num período em que o ecletismo era a linguagem arquitetônica oficial do poder público de Salvador, movimento com referências em várias doutrinas, métodos ou estilos anteriores a ele.
Salvador, Rua Chile
A Rua Chile é considerada a primeira rua do Brasil. Sua delimitação foi decorrente do estabelecimento da sede administrativa da cidade, representada pela Casa de Câmara e Casa dos Governadores. Do ponto de vista dos civis, esses eram os edifícios de maior sofisticação da cidade de Salvador.

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